Por Mauricio Leiro

Foto: Divulgação
O movimento de união partidária que tem ficado cada vez mais comum pode colocar duas legendas de direções opostas lado a lado. Com o debate ficando mais afunilado, o MDB e o Republicanos devem formar mais uma federação partidária, porém com um entrave direto na Bahia: o comando do grupo. Apesar do debate, para o deputado federal e presidente estadual dos Republicanos, o comando fica com quem tiver mais representação parlamentar em Brasília.
Em contato com o Bahia Notícias, o deputado reforçou que a federação é “um negócio sério”. “Você tem vários problemas, além de realidades diferentes nos estados. Não é da noite para o dia que se resolve, apesar das federações serem importantes. Os partidos [MDB e Republicanos] estão se organizando. O Republicanos tem essa conversa com o MDB para federalizar, visando as eleições no estado e nacionais. As conversas estão acontecendo, mas sem martelo batido. O que vai resolver serão as conversas nacionalmente. O Marcos Pereira [presidente nacional dos Republicanos], o Baleia Rossi [presidente nacional do MDB], analisando detalhe por detalhe”, apontou.
Marinho comentou ainda que a união deve ser regida pela regra utilizada por outras federações, tendo a chancela da nacional, o partido com mais deputados federais comanda a federação. “Tenho procurado não falar muito para aguardar a decisão nacional. Vejo matérias sobre quem terá controle e a regra é essa. O partido que tem mais deputado nos estados, detém o controle da federação. Se isso acontecer com o MDB, não vamos abrir não de ter o controle da federação no estado. E com o controle, a nossa tendência é nos mantermos onde nos estamos atualmente”, disse.
“Na centro-direita, com os partidos da base de Bruno Reis e ACM Neto. Nosso perfil dos nossos parlamentares tem esse perfil, de centro-direita. Com todos os repeito que temos pelos deputados do MDB, estaremos nos posicionando para ter o controle. Essa federação é importante para todo mundo”, completou Marinho.
Ao BN, Marinho ainda deixou o caminho aberto para o diálogo com lideranças do MDB na Bahia, pensando em montar uma federação forte e proveitosa para ambos partidos. “Tenho maior respeito por Lucio [Vieira Lima], Geddel [Vieira Lima], Geraldo [Jr.]. Se dependente de mim, o espaço está sempre aberto. Sou do diálogo. Mas sempre nos posicionando que o partido tem a maioria”, finalizou.
O debate para o desfecho da federação ocorre centrado em Brasília, com as lideranças partidárias ainda tentando equalizar pendências estaduais. Na Bahia, alguns interlocutores do MDB apontam que existe uma convergência de interesses para que as lideranças do partido fiquem com o comando da federação. Apesar disso, o novo grupo político ainda deve passar por algumas mudanças para conseguir contemplar os interesses diversos.
O desfecho da negociação deve ser visto ainda em 2025, com impacto direto na Bahia.