
O percentual de brasileiros vivendo na linha da pobreza caiu de 28,01% em 2023 para 25,36% em 2024, segundo pesquisa conduzida pelo economista Marcelo Neri, diretor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e especialista em pobreza e desigualdade. Em comparação com 2022, a queda foi ainda mais significativa: 21% de redução no índice.
De acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo, a melhora nos números em 2024 foi impulsionada pelo desempenho do mercado de trabalho, enquanto a queda em 2023 foi atribuída à ampliação de programas sociais como o Bolsa Família, que teve alta de 44%, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com aumento de 22,3%.
“Ainda não temos dados abertos da composição da renda familiar, mas a renda geral da população cresceu 4,7%, e a do trabalho, 7,1%. Isso mostra que a redução da pobreza foi puxada pelo mercado de trabalho”, explicou Neri à publicação.
Para o estudo, a linha da pobreza foi considerada com base em uma renda domiciliar per capita de R$ 666.
O levantamento também revelou que a rentabilidade do trabalho aumentou significativamente. No quarto trimestre de 2024, o retorno do trabalho subiu para 10,7%, ante 7,08% em 2023.
“O mercado de trabalho prosperou mais e a desigualdade caiu, em geral e em particular no mercado de trabalho”, destacou o economista.