Presidente Lula viajará à Rússia nesta semana e também buscará mediar o fim da guerra na Ucrânia

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitará sua visita à Rússia para manter um encontro com o presidente Vladimir Putin e manifestar o interesse do Brasil em expandir suas exportações ao país. A balança comercial com os russos apresentou um déficit de aproximadamente US$ 9,5 bilhões em 2024, impulsionado pelo aumento das importações de diesel e fertilizantes. "Queremos reequilibrar nossa balança comercial com a Rússia", disse o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Saboia, de acordo com o jornal O Globo.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços apontam que, no primeiro trimestre de 2025, as importações brasileiras da Rússia superaram as exportações em US$ 2 bilhões. Nos primeiros três meses deste ano, as exportações brasileiras para a Rússia somaram US$ 339 milhões, com um crescimento superior a 100% em relação ao mesmo período de 2024.
Produtos como café, carne bovina, carne de aves e tabaco se destacaram entre os itens exportados. Em contrapartida, as importações russas apresentaram um acréscimo de 5%, totalizando US$ 2,3 bilhões. Os adubos e fertilizantes foram responsáveis por 35% dessas compras, enquanto o óleo diesel teve participação de 59%.
Lula visitará Moscou para participar das comemorações do Dia da Vitória, data que celebra a derrota do nazismo na Segunda Guerra Mundial. Durante o evento, o presidente também buscará se posicionar como mediador da paz no conflito entre Rússia e Ucrânia. Lula será um dos 29 líderes mundiais presentes nas celebrações.
Ainda de acordo com a reportagem, além de Vladimir Putin, o presidente Lula terá uma reunião bilateral com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. Na comitiva, estarão o chanceler Mauro Vieira e os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
Após a visita à Rússia, Lula se dirigirá à China, onde realizará uma visita de Estado de dois dias (12 e 13 de maio). Ele será recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping, e fará um discurso na abertura da reunião ministerial entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a China. Os dois países negociam acordos em diversas áreas, como tecnologia, agricultura e infraestrutura. Eduardo Saboia informou que 16 acordos já foram fechados, enquanto outros 32 estão em negociação.