
247 - As forças militares dos Estados Unidos atacaram o porto petrolífero de Ras Isa, no oeste do Iêmen, deixando dezenas de trabalhadores e paramédicos mortos e muitos outros feridos, informou a Reuters nesta sexta-feira (18).
A instalação, localizada na província de Hudaydah, foi atingida pelo menos duas vezes na quinta-feira (17) à noite, com o segundo ataque ocorrendo enquanto as equipes de defesa civil e resgate combatiam incêndios e socorriam vítimas.
Play Video
Um porta-voz do Ministério da Saúde do Iêmen afirmou que pelo menos 74 pessoas morreram e 171 ficaram feridas nos ataques.
Esses foram os ataques mais mortais desde que os EUA iniciaram sua campanha de bombardeios ao Iêmen após o presidente Donald Trump assumir o cargo em janeiro.
Em março, dois dias de ataques americanos mataram mais de 50 pessoas, segundo autoridades do Ansar Allah, os Houthis.
Ras Isa abriga um oleoduto e um porto que são "infraestruturas críticas e insubstituíveis" para o Iêmen, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), assinalou o canal PressTV.
O governo iemenita condenou o ataque, classificando-o como um claro crime de guerra, com o objetivo de apoiar o regime israelense e permitir que continuasse o genocídio na Faixa de Gaza.
Afirmou ainda que os ataques comprovam que os EUA deliberadamente atacam infraestruturas civis no Iêmen com justificativas falsas.
O governo prometeu que este crime não ficará impune e que os EUA não colherão nada além de derrota humilhante e fracasso.
Os militares americanos alegaram que o porto era uma fonte de combustível para o movimento de resistência Houthi.
O terminal de Ras Isa, que fica cerca de 55 km ao norte da cidade portuária de Hudaydah, tem uma capacidade de armazenamento de 3 milhões de barris.
As províncias de Sana'a, al-Bayda e Hudaydah também foram alvo de múltiplos ataques, segundo o canal.
Os Estados Unidos intensificaram seus ataques mortais ao país no mês passado, sob ordens diretas do presidente Donald Trump.
Washington alega que os bombardeios visam apenas proteger a navegação marítima ao redor do Iêmen, afirmando que a segurança das rotas aquáticas regionais estaria ameaçada por Sana'a.
Desde novembro passado, os Houthis, que governam boa parte do norte do Iêmen, têm lançado mísseis e drones contra Israel, em um ato de apoio aos palestinos durante o genocídio em Gaza. (Com agências).