
O decreto de emergência na saúde pública, assinado ontem pelo prefeito Valderico Júnior, em Ilhéus, reacende memórias de um episódio semelhante no início do governo do ex-prefeito Mário Alexandre, em janeiro de 2017.
Na ocasião, a secretária de saúde Luciene Moura deixou o cargo apenas 18 dias após assumir. A médica discordou do decreto de emergência elaborado pelo secretário de administração Bento Lima e assinado pelo então prefeito. A saída de Luciene Moura desencadeou a primeira crise do governo. O então procurador-geral do município, Fabiano Resende, também discordou do decreto.
Embora não se possa afirmar que as razões do decreto atual sejam as mesmas, vale lembrar que o decreto de 2017 foi seguido por uma série de denúncias de irregularidades na área de saúde.
O fato marcou o início de um período de instabilidade no setor, que ainda hoje enfrenta dificuldades, já que a atenção básica em saúde tem péssimos indicadores.
O novo decreto, válido por 90 dias, prevê contratações emergenciais e medidas imediatas para suprir carências na saúde. A possibilidade de agilizar processos licitatórios desperta atenção.