Por Mauricio Leiro
Foto: Reprodução/Instagram
A eleição para a prefeitura de São Paulo rompeu barreiras estaduais e promoveu debates por todo o país. A Bahia não é de fora da discussão, que envolve os atuais prefeitos da cidade Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB), apresentaram melhores na disputa. Com isso, mesmo com as orientações expressas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as lideranças políticas da Bahia não têm apoio do capitão.
Com ápice no último sábado (7), em ato da comemoração da Independência do Brasil, organizado pelos aliados de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, o evento contou com a presença de diversas lideranças da Bahia. Ao lado dos assessores, Marçal não subiu ao palanque onde estava equipado com todas as autoridades, inclusive o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição e com apoio de Bolsonaro.
Entre os "apoiadores" de Marçal na Bahia, que fizeram menção ao candidato em São Paulo, estão o deputado federal Capitão Alden (PL), o deputado estadual Diego Castro (PL) e a ex-candidata ao Senado pela Bahia Raíssa Soares. Alden indicou na postagem nas redes sociais a presença de Marçal no evento no último sábado e comentou que o ex-técnico seria “o candidato da direita paulista”. Alden esteve no evento.
Já o deputado estadual Diego Castro, que também esteve no evento na Avenida Paulista, publicou que o ato seria em defesa "da liberdade e da verdadeira independência". Ao lado de seu assessor Alexandre Moreira durante o ato, Diego registrou sua passagem pela capital paulista. Alexandre utilizou o tradicional boné com a letra "M", criação de Pablo Marçal e fez questão de posar ao lado do parlamentar.
Além deles, a senadora Raíssa Soares também foi autora de uma postagem. Soares fez questão de indicar: "A piada virou pesadelo". A referência ao candidato em São Paulo é acompanhada por um vídeo de Marçal sendo aplaudido pelo público presente na Avenida Paulista. "Esse jovem nos faz revisitar a missão para o que fomos programados: pregar, nos eleger e divulgar a verdade (...) A lição está aprendida, Pablo. Não vamos vender ao senhor do mundo, que usa partidos políticos para nos enfraquecer e fazer-nos ser esquecidos", disse.
Inclusive, recentemente, a tensão interna no PL pode causar a saída de seus quadros. O primeiro grande nome que pode deixar o partido é a própria Raíssa Soares, ex-candidata ao Senado em 2022. Com público focado majoritariamente no extremo sul da Bahia, mais precisamente em Porto Seguro, Raíssa pode estar de malas prontas, com duas possibilidades de destino : Republicanos ou Novo.
Em nota, a assessoria do ex-presidente indicou que "os candidatos a prefeito de São Paulo foram convidados". "O atual prefeito Ricardo Nunes e Maria Helena compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa, à altura das pautas defendidas: 'liberdade, anistia e equilíbrio entre os três Poderes'", completou.
"O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque as custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias", indica o ex-presidente.
Marçal, que foi de helicóptero ao evento, apareceu na esquina da avenida Paulista e a rua Peixoto Gomide. Havia dúvida sobre a sua presença, já que ele tinha viajado para El Salvador durante a semana. Contudo, dias antes da manifestação os organizadores disseram que ele iria. "Fui surpreendido com o impedimento do acesso ao caminhão", afirmou o candidato, em nota. Durante a semana, contudo, Bolsonaro havia divulgado um vídeo no qual dizia que todos os candidatos à Prefeitura de São Paulo poderiam subir, mas sem discursar.
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