Por Leonardo Almeida
Foto: Manu Dias / GOVBA
A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) assinou a licitação que prevê a elaboração do projeto de reforma da Lagoa do Abaeté, em Salvador. A empresa responsável pelo planejamento de requalificação do local é o Consórcio JCA Parque do Abaeté Art Projetos Construções e Serviços Ltda, sob o valor de R$ 5,11 milhões. O acordo foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (6).
De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, a expectativa da gestão estadual é que a primeira ordem de serviço para a reforma do Abaeté ocorra ainda neste mês de agosto. As obras serão executadas pela própria Conder.
A autorização de abertura de licitação foi emitida pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) em março deste ano. Segundo fontes do BN, a contratação da empresa só poderia ocorrer após um prazo de 90 dias.
“Assinou contrato essa semana. Lançou na Abaeté a autorização para licitação em março, daí temos que aguardar um prazo de 90 dias mais ou menos. Agora no mês de agosto pode ser que tenha a ordem de serviço para poder começar as obras”, contou o interlocutor.
Segundo a gestão estadual, a Lagoa do Abaeté será totalmente reformada, recebendo intervenções nas áreas das lojas, restaurantes, bares, lanchonetes e banheiros. Além disso, o governo também prevê a requalificação da área do estacionamento, recuperação das estruturas de cobertura, fechamento de parte da área do parque e iluminação.
O IMBRÓGLIO NA ABAETÉ
Em março de 2023, o Bahia Notícias conversou com interlocutores envolvidos na reforma da Lagoa do Abaeté. Na ocasião, foi explicado que a requalificação do espaço era dificultada por dois fatores: uma disputa religiosa e um embate político entre a gestão estadual e a municipal.
Primeiro, a Lagoa do Abaeté convive com uma disputa religiosa entre crenças de matriz africana e evangélicos. Historicamente, o espaço foi ocupado por candomblecistas e umbandistas. Porém, mais recentemente, o local também tem sido reservado para cultos evangélicos, o que causou diversos embates.
O segundo ponto é que, apesar da responsabilidade pela Lagoa de Abaeté pertencer à gestão do estadual, há áreas do entorno que pertencem à prefeitura de Salvador. Logo, a revitalização da região teria que passar por uma espécie de parceria entre o Executivo municipal e o governo do estado (relembre aqui).
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